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Maria Rainha: exagero?

Memória da Bem-Aventurada Virgem Maria, Rainha

Atribuir o título de Rainha à Virgem Maria pode parecer exagerado. Afinal, não seria apenas Jesus o Rei e Soberano do céu e dos nossos corações? Ora, essa objeção é superada quando meditamos para as verdades teologais que a Revelação traz sobre Maria. 

É superada ainda mais quando entendemos um princípio básico que, de alguma forma, estava previsto na Constituição Dogmática Lumen Gentium, documento do Concílio Vaticano II. O papa Paulo VI fez questão de sublinhar:

Pelo dom e missão da maternidade divina, que a une a seu Filho Redentor, e pelas suas singulares graças e funções, está também a Virgem intimamente ligada, à Igreja: a Mãe de Deus é o tipo e a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo, como já ensinava S. Ambrósio.¹

O que Maria é, de alguma forma, é aquilo que a Igreja também é. Contemplar os mistérios relacionados à Virgem Maria é contemplar o que a Igreja Santa – como Povo de Deus na comunhão espiritual dos crentes e, ao mesmo tempo, sociedade visível – já é e será ainda mais perfeitamente na ressurreição da carne. Em Maria, portanto, cada fiel deve se ver e se enxergar profeticamente no dia em que Cristo chamar-nos dos mortos.

A Virgem Maria é, em primeiro lugar, Imaculada. O que significa que a serva do Senhor, a bendita entre todas as mulheres, foi preservada da mancha do pecado original no momento em que foi concebida. O pecado não encontrou lugar ou espaço em Maria. Esta também será a realidade da Igreja no dia da Vinda do Senhor, quando este irá “apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito seme­lhante, mas santa e irrepreensível”².

Olhar para a Imaculada Conceição é vislumbrar o que seremos um dia. No céu, não teremos mais as manchas e as inclinações que tanto nos pesam neste vale de lágrimas.

Maria também é Mãe de Deus. Sendo Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, Maria esteve intimamente unida à natureza humana do Filho de Deus. Esta natureza humana, no entanto, não pode ser separada da sua natureza divina. Homem e Deus estão unidos em Jesus. A união de Maria com Seu Filho nos fala sobre a união pretendida por Nosso Senhor com a Igreja. Cristo quer estar unido à Igreja como Maria estava tão intimamente unida a Ele. Essa união se aplica a mim. Jesus quer-me unido a Ele!

Maria também é Sempre Virgem, o que significa que Ela consagrou sua Virgindade perpetuamente a Deus, permanecendo intacta até o dia em que foi chamada pelo Senhor aos céus. Essa virgindade não é fruto de uma pseudo-visão católica negativa sobre a sexualidade. Não, muito pelo contrário: a maior entre todas as celibatárias abriu mão de um dom precioso que é a convivência sexual para consagrar-se mais profunda e radicalmente a Deus.

O corpo virginal de Maria é um sinal que nossos corpos – o corpo da Igreja – não foi feito para a sepultura, mas para o Senhor. A virgindade perpétua de Maria, portanto, é um sinal daquela consagração total que Cristo espera da Sua Igreja, que Cristo espera de mim.

Por fim, Maria foi assunta ao céu de corpo e alma. Por não ter sido tocada pelo pecado, Jesus quis que Maria fosse a primeira criatura a provar da ressurreição da carne. Por isso, hoje, a benditissima Virgem Maria está no céu glorificada. Seu corpo e sua alma estão provando da suavidade do Senhor. A assunção de Maria é um sinal da Igreja Gloriosa que será ressuscitada no Dia Final. Olhar para Maria assunta ao céu é lembrar que eu fui feito para a Vida Eterna.

É por isso que Maria é Rainha. Não é Rainha porque praticamos uma mariolatria. É Rainha porque a glória que Maria experimenta hoje é única. Mas essa glória um dia será de toda a Igreja. Um dia, todos nós “reinaremos com Cristo”, como o próprio Apóstolo Paulo nos recorda na carta a Timóteo. Chamar Maria de Rainha é lembrar que um dia eu reinarei se, aqui na terra, meu coração saber viver submetido à vontade divina, como a própria Virgem Maria ensinou: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-me em mim segundo a vossa palavra”³.


¹ Lumen Gentium, nº 63. Negrito nosso.

²Efésios 5, 27. Tradução da Bíblia Ave Maria

³Lucas 1, 38. Tradução do Lecionário da CNBB.

Memória da Bem-Aventurada Virgem Maria, Rainha
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Pentecostalidade, teologia do corpo e oração

pentecostalidade

Gestos expressivos, palavras em voz alta, palmas e movimentos corporais. Se você é de ambiente católico com certeza já associou essa descrição a reuniões carismáticas ou, então, pentecostais.

É exatamente sobre isso que falaremos, só que com uma abordagem da teologia do corpo. Afinal, as orações extravagantes comuns em determinados ambientes são aceitáveis para a visão católica? O extravasamento emotivo manifesto em experiências carismáticas está de acordo com a antropologia proposta por São João Paulo II na Teologia do Corpo? Confira:

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Como estudar Teologia do Corpo?

como estudar teologia do corpo

A Teologia do Corpo é verdadeiramente uma grande graça para os cristãos. A partir dela, podemos descobrir a verdade mais profunda a respeito da nossa existência. Neste post, daremos dicas práticas para você que deseja aprofundar-se na Teologia do Corpo de São João Paulo II.

O que é a teologia do corpo?

A Teologia do Corpo é, na verdade, uma série de catequeses ministradas pelo Papa João Paulo II durante as audiências gerais realizadas entre 1979 e 1984. O conteúdo dessas audiências estava sendo preparado há anos pelo até então cardeal Wojtyla.

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Como o Marxismo encara a família

marxismo e família

Os movimentos sociais contemporâneos, tais como o feminismo e o movimento LGBT, são marxistas. Entender, portanto, qual a visão a respeito da família para a ideologia marxista é essencial para compreender os objetivos de tais movimentos.

Irmã Lúcia, vidente de Fátima, disse:

O enfrentamento final entre Deus e Satanás será sobre a família e o matrimônio

Irmã Lúcia

O modelo tradicional de família não é uma invenção humana. Pelo contrário, esta foi a primeira instituição definida por Deus na história. A Teologia do Corpo expõe uma verdade bíblica muito clara: a família é imagem de Deus. Isso mesmo, o homem e a mulher não são imagem e semelhança de Deus, como narra o livro do Gênesis, apenas individualmente. Mas, sobretudo, o são enquanto união e comunhão.

Portanto, odiar e atentar contra a família sonhada, criada e instituída por Deus, é comprar briga com o próprio Deus. O marxismo e o feminismo compraram essa briga.

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A origem do machismo

machismo

Problemas reais exigem soluções reais. Sempre que damos respostas equivocadas para determinados problemas geramos complicações ainda maiores. É isso que tem acontecido com o machismo. Ele existe e é real, mas a resposta que a sociedade costuma dar é inadequada.

Neste post, gostaria de fazer uma breve reflexão sobre as origens do machismo para, a partir disso, compreender qual é a melhor solução para esse grave problema.

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Os ídolos se curvam

idolos se curvam

Existe um relato bíblico que soa muito empolgante: em 1 Samuel, lemos que os filisteus roubaram a Arca da Aliança e depositaram-na no templo do ídolo Dagom. Nos dias seguintes, os filisteus encontraram o ídolo prostrado diante da Arca de Deus – sinal de Sua presença.

Os ídolos se dobram diante da Verdade, do Deus de Verdade. O mesmo ocorre com as ideologias do tempo atual: elas se curvam diante da Verdade.

Todo ser humano é igual em dignidade. São João Paulo II, na Teologia do Corpo, deixa isso muito claro: antes do homem e da mulher surgirem, havia a humanidade. Os sexos – a feminilidade e masculinidade – são expressões diferentes de uma comum humanidade.

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