As crianças não pertencem ao Estado. Existem casos de abuso sexual no ambiente familiar? Com certeza, mas isso não muda o fato de que a educação de uma criança não pode ser determinada e exclusivamente promovida pelo Estado. Educação estatal é um erro.
Trazer dados de abusos sexuais na família, que de fato ocorrem e é lamentável, para justificar a transferência da tutela dos filhos para o Estado é uma jogada retórica infundada. Ora, o Estado conta com pessoas em sua estrutura. Pessoas estas que, assim como alguns pais e mães, também são más.
Os defensores de uma educação estatal encaram o Estado como uma entidade quase divina, santa, perfeita e sem defeitos. Será que professores, diretores ou inspetores não poderiam cometer abuso sexual?
A solução não é roubar a responsabilidade dos pais de educar seus filhos, mas incentivar um ambiente de responsabilidade, onde cada pai e mãe compreenda que devem participar ativamente da educação de seus filhos.
O Estado não pode passar por cima da autoridade da família, afinal, a família é uma instituição mais antiga que o Estado.
Antes de estarmos “no Estado”, estamos na família. Antes de um CPF, somos filhos e filhas. Não obstante, é óbvio que o Estado deve impedir casos que fogem da normalidade, como os de abuso sexual, por meio da força repressiva.
Mas, jamais, roubar o protagonismo da educação que pertence, por Direito Natural, aos pais.